Mano eu pulo na bala pelos meus
Sei tu não pula nela pelos teus
Essas ruas são sujas, tu entendeu?!
Então te acostuma a me ver assim
De cara fechada e camisa preta
Sempre larga pra esconder a peça
Mente na fronteira entre a paz e a treta
Cês não tão prontos pra essa conversa
Tudo bem, eu sei
Que nessa terra só vivo o momento
Eu falei
A vida é guerra, e o final disso é questão de tempo
Eu mudei
De atitude porque no fim o que conta é a reputação
Não me encaixo na minha geração
Muito choro e pouca ação
Mas não recuo nem se for no tranco
Mano, atira e tu sabe que eu tanko
Sem errar então me chame de Franco
Atirador, ataco nos flanco
Falo pouco, observo de canto
Antifrágil do caos me levanto
Mas não testa meu freio moral, é mundo real, aqui não tem santo!
Amigos na frente mas arma apontada debaixo da mesa
Anjos até choram mas nunca acusam se é injusta a defesa
Na entrelinhas se for sagaz
Nessa cena é torto o enredo
Mano eu perdi a fé na paz
Tive que virar homem cedo
As vezes os dias são frios
Cada qual com os seus segredos
Pente cheio e coração vazio
E aqui lágrimas são de gelo
Vim de onde nunca deram nada
Já me vi preso de mãos atadas
Pesadelo num conto de fadas
Vi que a vida real é escura
Decidi trilhar minha estrada
Sem depender de apoio ou camarada
Que a deprê que eu sentia não era
Minha culpa e lutar era a cura
Sendo quem quero ser, nada que me controla
Nem medo, mentiras, arrependimentos, amor também não se implora
Destino é desculpa de quem só chora
Mano chore depois mas ria agora
Auto-controle, porra! Sou eu quem escrevo minha própria história
Amigos na frente mas arma apontada debaixo da mesa
Anjos até choram mas nunca acusam se é injusta a defesa
Entrelinhas se for sagaz
Nessa cena é torto o enredo
Mano eu perdi a fé na paz
Tive que virar homem cedo
As vezes os dias são frios
Cada qual com os seus segredos
Pente cheio e coração vazio
E aqui lágrimas são de gelo