Olheira forte e eu na sacada, há três dias eu não sei o que é dormir
Não sei se é dia ou noite, lembro nada
Até pensei em me jogar daqui
Mas se eu me jogar por mim ninguém joga
Stress não se resolve com yoga
Jogo traiçoeiro, é foda, é fato
Me contento no quarto ou ascendo outro carlton
Tenho medo de mim mesmo às vezes
Nada tá bem nem nunca esteve
Nada que eu faça mude, nem que mude ou bata
A voz na minha cabeça me mata
É foda, mas por mim já tanto faz
Me foder pra que se nem santo faz
O milagre que eu espero?
O milagre que eu quero?
Nasci sem fé, não me cobre, por favor
Num mundo onde o cobre é amor
Por prata matam, sobre ouro sentam
Então ignorância é uma benção
Eu busquei a contramedida
Eu, eu busquei a contramedida
E vi que isso não tem saída
Nascer, matar, morrer é o ciclo da vida
Eu busquei a contramedida
Eu, eu busquei a contramedida
E vi que isso não tem saída
Nascer, matar, morrer é o ciclo da vida
Olho pra baixo, tô tonto
Comprei sonhos impossíveis, me enganei com o desconto
Componho sem contraponto
Me espanto, me exponho e mesmo assim não encontro, não
Respostas tão prontas, acreditar eu não pude
Tudo tão banal, artificial como se fosse comida de fast food
Estranho como as coisas se encaixam
Fui pego, tô preso na teia
Estranho, confusoes me caçam
E a maldade correndo na veia
E mesmo que não queira, eu faço
E mesmo que não tente, eu vejo
O diabo persegue meus passos e como judas, eu dei o beijo
Aos poucos me tornei igual a todos
Sou agora tudo o que eu não queria ser
Realmente esse é um mundo pra tolos
Não me acorda, eu só quero esquecer que
Eu busquei a contramedida
Eu, eu busquei a contramedida
E vi que isso não tem saída
Nascer, matar, morrer é o ciclo da vida
Eu busquei a contramedida
Eu, eu busquei a contramedida
E vi que isso não tem saída
Nascer, matar, morrer é o ciclo da vida